domingo, 6 de setembro de 2009

Jekyll - Prólogo.

"Mas que saco."
Eram essas as palavras que passaram por sua cabeça, enquanto tateava indelicadamente o seu criado mudo em busca de seu despertador que horrívelmente não parava de tocar. Estava pensando em desligá-lo, ou talvez arremessá-lo pela janela o quanto antes. (não que ela estivesse aberta, mas não faria muita diferença, ao menos no presente momento.)

E quando já havia terminado de tropeçar seu caminho até o banheiro, após a inigualável e sobrehumana determinação empregada na caça de algo para vestir em seu guarda-roupas no quarto escuro, o garoto tomava posse de sua escova de dentes, ainda com a visão embassada, preparando-se psicologicamente para o inevitável diário que estava por vir.

Alguns olharam com um que de estranhamento, outros com um de alívio, e ainda aqueles que admiravam dolorosamente a sina do garoto-moço.

Sem amor, sem família, sem aquilo que nos ampara quando caimos de cabeça no abismo de nossos corações. Sem um rumo também, mas disso ele mesmo deu conta, não eram todos que podiam ser felizes afinal -Não ainda, disse ele a si mesmo e a seu companheiro de viagem.

Afinal, o ramo de entrega de sonhos em domicílio não era muito lucrativo, muito menos agradável. Mas era o caminho que ele escolheu sem olhar para trás. (A não ser eventualmente, mas por cautela, apenas checando se _Ela_ não estava lá.)

Alçou voo então ao Soar da Meia Noite, brandindo uma indiscreta e espaçosa aveludada algibeira Anil em suas costas, com rebuscados bordados de luas e estrelas em fios de ouro. Ao Soar da Meia Noite com seu assistente prontamente simultâneo. (Não que ele realmente assistisse no trabalho, ou em qualquer outra hora do dia que fosse, mas não faria muita diferença, ao menos no presente momento.)

Rabo de Peixe 2006

E foi num dia como qualquer um, terminando de almoçar antes do tão sagrado e relaxante curso extracurricular ao final da exaustiva semana de estudos, terminando de almoçar com meu professor, com o veterano, pessoa de respeito, daqueles que busca ter um legado honroso para deixar quando passar dessa pra melhor. (Afinal, artistas são um tanto assim, não são?)

E foi assim, dia novo, alunos novos. Aluna nova ele disse, enfatizando muito bem que ela odiava que errassem o nome dela. (e que ele não realmente lembrava do tal nome, mas achava soar parecido com aqueles componentes auxiliares nas sinapses cerebrais, irônico, não?)
E então desço as escadas e me deparo com o velho pessoal de sempre, e com algum outro certo alguém que nunca vi antes, deduzi ser a tal garota.

E bem, foi assim. Eu conheço algumas muitas histórias dessa cidade cinza montada num avião que mais parece não decolar. Esse é o começo de uma delas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Todo fim tem um começo, cheap stuff, yet true.

Bem, primeiro blog feito por minha pessoa, espero que não seja tedioso o suficiente para não ser acompanhado.

Sei lá oque por nesse trem aqui, sendo sincero por minha parte, depois eu ponho algo de verdade.