segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

cabo de guerra>hit me

não importa pra qualquer um dos um milhão, quatro mil oitocentos e setenta e quatro lados eu puxe, todas as direções tem a intensidade desenfreada de meu coração. Não aparenta ceder de qualquer um dos dois lados, nem de nenhuma de suas ramificações, muito menos pela direção unificada da correnteza prismática a qual estou sujeito dentro de minha existência física, psíquica, emocional, espiritual e toda e qualquer outra que venha ou não ao caso.

Eu não consigo mais aguentar a tensão. Não há vitória e é uma derrota constante permanecer neste conflito. Será melhor romper as cordas ou romper a doença que as assola? Qual das duas opções faria a outra acontecer também mais rápido? Qual das duas opções faria a outra não acontecer? Como eu posso fazer uma delas e me sentir bem verdadeiramente? Caralho, cadê a porra da minha bendita terceira opção? Cadê, a porra, da minha, bendita, terceira opção?

Eu preciso desenfreadamente extravasar as minhas emoções através de palavras neste momento, e por mais que tenham pessoas me atrapalhando nisso agora mesmo, ainda farei o melhor que posso.

Não aguento mais a tensão e preciso de alguma coisa, de alguma "solução" mas que funciona de verdade. Eu preciso mesmo é realizar as ações que me deixam bem, é disto que preciso. Mas é complicado dentro dessa encruzilhada que só tenho forças de me manter em pé ciclicamente. O que não deixa de ser normal, também. Eu gostaria de conseguir reverter essa situação, mas talvez o melhor seja o que está acontecendo agora, e eu acredito que na verdade é, mas não tenho nenhuma força pra me amadurecer pra felicidade, gratidão e pacificidade agora. Nem um pouco, nem um pouco mesmo, eu preciso agora extravasar tudo isso que me assola por dentro sem remorso, sem piedade e só com culpa, sofrimento íntimo e constante, e arrependimento.

Onde está o Leão Dourado e a Água dos Céus pra me guiar pra fora dessa verde carnificina leonina do sol?
Onde está a coroa que resite além deste pútrido dragão sem asas? Deste dragão que volita e me prende num corpo solitário e gélido, intocado e miserável por dentro? Onde foram? Onde estão os anjos que me salvariam dentro de mim? E onde está o antimônio que já desejei tanto em outrora, será este o meu matador de monges? Meu lobo voraz dentro de mim?

Não aguento mais o estresse, o sofrer e o prender dentro de mim, me deixo livre, livre para o mistério que não sei o que é. E não mais desejo o medo defronte a este desconhecido, que ele venha com sua majestade e com a sua beleza e que me acaricie com o presente que se renova em chamas brancas. Que me acalante com o vazio que se transmuta através de um albo de todas as cores e me encarna nesta vida que tenho a bênção de poder viver. De poder ter. De poder vivenciar, de poder perder. De poder viver, de verdade dessa vez, assim como em todas as outras sem exceção.

Que eu volte para o lugar de onde me perdi, e que continue minha caminhada.
E que assim seja, pois esta é minha vontade. E assim será.