O que podia ver descendo por aquele chão de pedras unidas por argamassa, "uma nova companheira para o grupo" dizia o nosso cuidador. Não apenas nova, mas deslumbrante. E meus olhos podem vê-la se fechados mesmo agora.
Não gosto quando penso em esquecer daqueles momentos mais importantes de meu coração. Vejo quem prefira optar por entulhar de tantas maneiras quantas possível, memórias com o brilho mais forte que o das estrelas, aquelas como a estrela da manhã.
Vejo quem vá a extremos horrendos, se denegrindo e renovando, montando-se a mundos mais "seguros", mais "abertos". Menos "livres" dizem os meus olhos.
O que há quando você se depara com algo "absoluto"? Como o desejo que algum coração mais almeja, ou um momento que não "possa" deixar de se haver? Quando nos deparamos com momentos verdadeiros e não só sinceros, mas verdadeiramente inebriantes à "razão", de tão "perfeita" é a vida e a existência, quando deles dentro. ?
O que eu posso ver, é algo que gosto de chamar de "Princesa", ou de "Tesouro", talvez "Verdadeira".
Quando algo é perdido, que haja em terra e mar de tal valor, eu sinto como se países inteiros fossem varridos do mapa por um tipo de maré, talvez indiscutível, talvez inflexível. Mas posso ainda chamá-la de "igualmente preciosa". Eu sinto que tanta "felicidade" e prazer quanto o que era mantido carinhosamente, e cultivado com maior zelo, dentro de tais regiões em nosso mundo, é trazida em dor, tristeza, abandono, raiva, medo, enfim, tantas formas quanto pertinentes ao "sofrimento". Eu sinto que todas as minhas alegrias iam embora, em tempos como os que aqui dialógo.
Mas há mesmo a vontade de partir para lugares onde tal dor não possa alcançar um coração? Há realmente o impulso de destruir tudo o que pudesse simbolizar tal amor perdido? Em extremos, eu sei, estou falando, e mesmo assim, creio que meu ponto seja claro, determinado seu grau de intensidade.
Eu pergunto, não seria a dor trazida pela maré, levando embora a promessa de aquele mais profunto desejo, a mais bela homenagem ao que pôde se dar? Não é realmente importante, que sintamos dor pelo tesouro e por cada jóia que é de nós, levada emboa? É como uma jura de amor, inflexível às mares da tristeza, indiscutivelmente pronta, importando ou não o lugar ou a característica qualquer que seja, totalmente inebriante aos dias que se seguirem, os que não portarem igual brilho e importância em um coração neste mundo.
"Quando você morrer, não deixarei nosso amor." Pode facilmente haver palavras como estas em meu coração, quando pense em lembranças a mim tão preciosas e com meus falsos fantasmas dialogue. Não importanto o quanto já se foi, a memória em mim permanece. E enquanto a forma desse amor assim permanecer, meus dias tomarão suas cores e minhas noites, sua única e indubitável fragrância.
Dias. Meses. Semanas. Anos. Milênios, décadas, Aions.
Dizem uns que o tempo há de curar todas as feridas, e dizem outros que a prévia afirmação não passa de uma mal falada mentira.
Mas é verdade. E embora que o tempo não possa "curar feridas", ele queima, desfigura, e recoloca, tudo ao lugar a que pertence. Para mim é verdadeiramente como uma chama. Uma chama que toma e encobre a tudo, um lugar entre os segundos que passem, que troque tudo de lugar, inúmeras suas formas e eternas as suas maneiras.
Um dia, a forma de um amor pode morrer. A silhueta de uma memória pode romper-se perante às infinitas marés de um coração por elas arrasado.
Mas é como se o lugar a que pertencesse aquele amor, permanecesse lá. Lá dentro do fogo que queima a todos aqueles sob o seu domínio.
Posso perceber que cheguei muito longe em relação a onde comecei esta postagem, mas isso também faz parte de minha ilustração nestas palavras que aqui escrevo.
O quão longe realmente eu cheguei, em meu coração, não é do tipo que possa ser ilustrado nas palavras do homem, mas há uma sensação.
De que após mil anos em um coração jovem, eu me sinto em perdão a tudo e a desejantemente todos, e ao mundo, eu peço nada mais que poder me encontrar com meus amores de novo.
Engraçado, que depois de "aparentemente" tanto tempo, eu vá realmente dizer isso em voz alta.
Uma vez que a dor da distância vá ser e é dissolvida pelo "tempo", aquele grande acochego que me despertam minhas lembranças, me traz cor aos meus olhos novamente. Cores cada vez mais novas, e cada vez mais despertas.
A distância que se tomou, é compreensível. A possível não volta, igualmente, uma vez que nada neste "mundo em que vocês provavelmente devem viver", possa escapar a mudanças, tão inesperadas quanto não possam ser de jeito nenhum.
Eu não gosto da distância que se toma quanto às relações e interações do nível social, embora na mente de todas as pessoas que de mim se afastaram, eu considero que possa ter muito bem sido muito justo.
Nunca poder ter de novo alguém tão querido em meus braços, é algo que irá para o túmulo, seguindo tudo em mim que manter isso vivo. Assim como toda a dor que isso me inflinja.
A dor em meu coração irá sobreviver até que o tempo a leve embora. Até que seus suprimentos não mais adiantem, e que morra, seus olhos vazios e seu perfil se dissolvendo em algum solo dentro de mim.
Mas enquanto esta dor em mim viva, tudo o que ela representa brilhará no céu que eu vejo quando eu fecho os meus olhos.
"Eu gostaria muito de poder ver você de novo, ¢²³¬²¢2, assim como você, %(*&³¢¬."
Mesmo que em meus sonhos, possa ver vocês £¢%)($&, não posso impedir o tremor de meu corpo quanto à ausência de $(*%&%) em minha vida na terra.
E são essas as palavras que ecoam em meu coração. Ao menos aqui. Ao menos agora.
Aprendizado é importante. Memória faz parte disso.
ResponderExcluirTem feridas que o tempo não cura não.
(Espero que não seja o caso...)
Certas vezes, a melhor coisa que podemos fazer, depois de sucessivas tentativas frustradas, é esperar. Deixar destino e rotina agirem. Quem sabe vocês não se cruzam daqui a 10 anos e conversam sobre isso? Talvez até antes.
Paciência, Venks! Amizades também ajudam nessas horas.
eu imagino quem vá entender de verdade o que eu escrevi neste post.
ResponderExcluir