quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Em Homenagem

O caule em que fluia nosso amor queimou com nossa paixão. O carvão tornou-se cinzas e o que nosso sonho deixou no ar foi dissolvido pelo céu e a terra.



O sangue que corria em meu coração tornou-se areia e o ar que me mantinha acordado agora é a água que me afoga,
Meus ossos tornaram-se pedra e minha carne deixou de ser a de um animal.

Meu rosto agora é um olhar distante, e minhas mãos que antes eram frias, tornaram-se ardentes pela dor que ainda posso prender dentro de mim.

Minha pele enrugou-se de tanto mergulhar dentro de mim buscando por ti, e meus olhos perderam sua cor por tanto segui-la onde você não estava.

Você me dizia sobre o quão complicado eu era, mas agora não há mais nada para compreender.



Meu amor, acho que já não pode reclamar do meu eu que esteve com você.

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