domingo, 6 de junho de 2010

Crouching Tiger, Hidden Dragon

/philosophical post begin

O Dragão oculto observa os céus, além dos céus, aquilo abaixo dos céus.

O forte Tigre rasteja pela terra, em seus vales, em seus picos, em suas planices.



Não há motivo em uma consciência sem motivo, não há motivo sem a consciência de um motivo.



É como a flecha e o arco. Não há como se atirar a flecha, sem ter um alvo, algo a acertar.

Não há, também, exemplares da harmonia entre estes dois componentes, com frequência mesma que aquela dos discordiosos.


Não aqui, e não agora.


Do mesmo modo como há aqueles levados pela força, supostamente satisfeitos pelo prazer da limitação de seu céu.

Do mesmo modo como há aqueles restringidos, aprisionados nas nuvens, sem a coragem e a tenacidade de conquistar sua terra.

Mesmo podendo ver tudo aquilo acima dos céus. Mesmo podendo alcançar e trespassar a mais perigosa montanha.


Não há prisão que mantenha cego o verdadeiro dragão, pois seus olhos penetram o mundo sutilmente, além do brilho das estrelas.

Não há correntes que aprisionem o verdadeiro tigre, pois suas presas e garras penetram o mundo fortemente, além do corte dos diamantes.



Conhecendo seu céu, conhecerá o dragão que lá sobrevoa em silêncio.
Conhecendo sua terra, conhecerá o tigre que lá reina em soberania.


Conhecendo seu céu, conhecerá sua terra. Conhecendo sua terra, conhecerá seu céu.

Tudo está como sempre esteve, a dança continua, continuou e continuará.

Passos dados certos, os aplausos virão, de si mesmo, de si mesma, mas não dos outros.

Passos dados errados, e a vontade virá de que se dê um certo, partida da consciência de o erro que ocorreu.

Vontades ocupadas e utilizadas, de modo que os seus motivos sejam cumpridos, irão resultar numa consciência de plenitude, mesmo que em menor escala.

Vontades ocupadas e utilizadas, de modo que os seus motivos sejam negados, irão resultar numa consciência de o erro que ocorreu.

De o erro que ocorreu. De o erro que ocorreu. De o erro que ocorreu.

De o prazer que está por vir. De o prazer que não está aqui. De o prazer que é desejado.



A dor é a resultante do grau certo de harmonia entre os dois, três, quatro componentes, quantos quer que sejam, quaisquer que sejam.

Não é diferente com a felicidade, seja ela calcada no que for. E se limitada e destinada à morte for ela, que se recolha a consciência às vontades que a originaram, para que se haja o conhecimento do que, em alguns casos, se havia até esquecido, de tanto negado.

Que haja o reconhecimento pela consciência da força que a originou, e que haja o reconhecimento da força pela consciência que a originou.

Assim, creio eu, a vida estaria em equilibrio e os componentes dancariam corretamente em sua balada destinada, assim como irremediavelmente rumando, ao próximo passo.



Assim, creio eu, há uma bela ferramenta para que se utilize melhor o potencial dentro de cada um. Se esta postagem puder ser bem aproveitada, serei grato.

/philosophical post end

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